Pedagogia 2 Semestre

Estudantes de pedagogia do segundo semestre... Somos nós: Aline Nascimento, e Maria Damasia, criamos este blog para podermos compartilhar tudo o que já aprendemos e o que ainda aprenderemos. Com o objetivo de oferecer um trabalho de qualidade não só para os estudantes da área, mais para as pessoas que se interessarem por nossos temas aqui postados... Esperamos poder agradar os nossos futuros leitores! Ate breve.

Cantinho da Pedagogia

quinta-feira, 13 de março de 2014

Resenha: “A criança e a cultura lúdica” de GILLES BROUGÉRE

O Brincar com uma visão mais ampla.

Brougére aborda a brincadeira como um contexto geral que inclui não só o lúdico na vida da criança, como também fatores culturais e sociais do contexto de cada criança. O autor defende vários pontos de vista, como por exemplo, a vida social em que a criança esta inserida, o brincar e o jogar como algo que se aprende, e o jogo como ficção (o segundo grau).
Gilles Brougére pesquisa a cultura lúdica através da realidade social em que cada criança vive, pois em cada contexto social existe uma cultura diferente e diferentes maneiras de brincar. É a partir daí que a criança aprende a brincar de acordo com sua cultura e costumes, escolhe suas brincadeiras preferidas e o modo que irá realizá-la, pois em cada região a mesma brincadeira pode ter regras e maneiras diferentes de realizá-las. Os jogos se adaptam a cada contexto social, se adapta aos diferentes hábitos, e aos recursos disponíveis para cada sociedade.
Em seus estudos, Gilles aponta que as crianças se baseiam na realidade em que vivem para criar seu próprio mundo do faz de conta, um universo alternativo que ele batizou de segundo grau, é onde a ficção predomina em tempo integral da brincadeira. Mas é mantida também uma relação com a realidade (primeiro grau), pois a criança usa o tempo todo como referência para manter sua brincadeira no segundo grau. Ou seja, a criança precisa vivenciar no mundo real para poder criar um mundo imaginário, ela precisa de referências, experiências vivenciadas no dia a dia.
Para Gilles, a brincadeira não é inata, pois a criança não nasce sabendo brincar, é preciso antes aprender a brincar. É uma cultura construída logo cedo e começa quase sempre com a relação entre mãe e filho quando o bebe ainda no berço é estimulado com brinquedos pela mãe, é uma inserção cultural na vida da criança que vai se estruturando aos poucos. Com isso a criança não aprende só a brincar, mas também lições do dia a dia, como por exemplo: a saber, separar o faz de conta da realidade, a compartilhar e conviver com outras crianças, os mecanismos, os ritos, aprende a jogar determinados jogos como o vídeo game, a praticar esportes como o futebol, entre outros. Mas algumas crianças não conseguem entrar no segundo grau gerando uma dificuldade para brincar, pois a brincadeira é totalmente lúdica, é um universo de fantasias, e são essas crianças que dizemos que “não sabem brincar”. Enfim,o brincar e jogar para Gilles é como algo que se aprende, tornando o ato não somente como uma simples brincadeira, mas como também experiências vividas por elas e aprendizados concedidos através das brincadeiras.
Contudo, podemos concluir que o autor teve uma visão ampla em seus estudos, levando a fundo cada hipótese por ele levantada. Levando em consideração os fatores sociais vividos pela criança, a cultura passada e ensinada a ela, as “regras” para se estabelecer uma conexão com o faz de conta, a importância do segundo grau na vida delas, e como elas aprendem com um simples ato de jogar e brincar, nos fazendo pensar e enxergar a criança por outro ângulo. 






segunda-feira, 10 de março de 2014

Resenha do Artigo de Tizuko Morchida Kishimoto: “Jogo, Brinquedo e Brincadeira”.


A importância do lúdico na vida da criança.

O artigo escrito por Kishimoto, Tizuko Morchida “Jogo, Brinquedo e Brincadeira” descreve as diferentes relações de compreensão entre si. Que apesar de ser considerado “sinônimo” pelo dicionário Aurélio da língua portuguesa possuem significados diferentes. Demonstra também as dificuldades de compreensão e definição que cada um representa.
As ideias principais do texto que aqui serão apresentadas são: As características do jogo, As diferenças do significado entre jogo, brinquedo e brincadeira e a importância do brinquedo, do brincar e do jogo no desenvolvimento da criança.
Kishimoto descreve o quanto é difícil definir o termo “jogo” devido a uma extensa variedade deles. Para nos ajudar a compreender melhor este termo, Kishimoto utiliza a expressão de Wittgenstein “Semelhanças de família” como referência. Os jogos possuem diferentes características, e são essas que as diferenciam entre si, mas todas elas possuem “semelhanças”, como por exemplo: em todo jogo há um ganhar e um perder, existem regras externas a serem seguidas, essas características que unifica e dá sentido a expressão de Wittgenstein que diz que “os jogos formam uma grande família”.
Para descrever melhor essas características, Kishimoto usa referencias como: Caillois (1967), Huizinga (1991), Henriot (1989), Fromberg (1987), e Christie (1991). Características estas citadas por ela:
                                             
                                  O prazer ou desprazer demonstrado pelo jogador, o caráter não-sério da ação, a  liberdade do jogo e sua separação dos fenômenos do cotidiano, a existência de regras (implícitas ou explicitas), o caráter fictício ou representativo, a limitação do jogo no tempo e no espaço, a liberdade de ação do jogador, a incerteza dos resultados, o caráter improdutivo de não criar nem bens nem riquezas, o caráter voluntário e episódico da ação lúdica. São tais características que permitem identificar os fenômenos que pertencem á grande família dos jogos.

O prazer ou desprazer seria a sensação sentida pelo jogador no ato, ele pode tanto sentir prazer por estar ganhando ou apenas por estar jogando, como sentir o desprazer de estar perdendo uma partida, por exemplo; o caráter não-sério seria o riso, a descontração demonstrada pelo jogador, quando estamos jogando nos esquecemos do mundo real, vivemos a fantasia do jogo, seguimos suas regras. Todos os tipos de jogos possuem regras, tanto implícitas como explicitas e o jogador de segui-las, do contrário o jogo perde seu sentido. Há também nele contido uma limitação de tempo e espaço, por exemplo: em uma partida de damas ou xadrez o jogador tem o seu tempo certo de jogar e o espaço permitido para mover as pedras, se não respeitada a sequencia do jogo é comprometida. A incerteza dos resultados onde nunca se sabe quem irá ganhar ou perder, ou qual será o lance dado pelo adversário. O caráter voluntário onde o jogador joga por sua livre e espontânea vontade, simplesmente pelo prazer lúdico de estar jogando. Essas características que diferencia o jogo do brinquedo e da brincadeira.
Já a brincadeira é livre, não possui regras externas, possui somente regras internas que a própria criança cria em seu ato de brincadeira. A brincadeira pode se tornar uma atividade diária pela criança e muitas vezes passarem por despercebidas e sem valor pelos adultos, mas é nessas brincadeiras que se tornam maneiras de aprendizados, pois é no brincar que as crianças se expressão, criam e observam as práticas do dia-a-dia.
Não podemos deixar de levar em consideração que a brincadeira é uma ação livre da criança, ela o faz pelo prazer lúdico que sente e de maneira alguma pode ser dirigira ou imposta por alguém se não perde o sentido do brincar e deixa de ser uma brincadeira, perdendo o seu valor. Brincar é não perceber o tempo passar, é sentir prazer e sensações extremas, é tentar conhecer o próprio limite, é sair da realidade e se entregar aos sentidos.
Segundo a definição de Beart (apud Campagne,1989,p.28), “o brinquedo é o suporte da brincadeira”, quer seja aquele confeccionado para tal, ou aquele concebido pela criança apenas com o objetivo do brincar (como por exemplo uma panela). O brinquedo é apenas um objeto com apenas uma finalidade: o brincar, e se isso não for concretizado, perde sua finalidade e deixa de ser um brinquedo. Como por exemplo: uma boneca que serve apenas como um objeto de decoração e não como um suporte para a brincadeira deixa de ser um brinquedo, pois não atingiu sua finalidade que é o brincar da criança.
Contudo, podemos concluir a tamanha importância dos jogos, brinquedos e brincadeiras na vida da criança, pois é através dessas ações que elas se desenvolvem não só na coordenação motora, como também desenvolvem sua mente, aprende a distinguir o faz de conta do real, colocam em práticas suas observações feitas do dia a dia em suas brincadeiras, aguçam sua curiosidade que as levam aos questionamentos e as pesquisas.
O lúdico na vida da criança é de suma importância, seja nos jogos que ajudam a desenvolver seu raciocínio, ou seja, no ato de brincar que as levam a um mundo imaginário inspirado no mundo real.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Autobiografia Lúdica... de Maria Damasia

Inesquivável Infância 


Eu sou Maria Damasia, nascida em São Paulo no dia 11 de dezembro de 1981. 

Posso dizer que tive uma bela infância, até os meus sete anos morei em São Miguel 

Paulista em um bairro que se chama Jacuí. Lá eu não saia para a rua porque era 

avenida, mas na minha casa tinha um grande quintal e Lá eu brincava todos os dias. 

Minhas brincadeiras favoritas eram: brincar de casinha com as minhas bonecas, 

tinha muitos brinquedos.

Aos meus 5 anos de idade fui estudar na escola chamada Nossa Senhora D'ajuda e lá

na hora do recreio tinha uma monitora que ensinava as crianças a brincar, minha 

brincadeira favorita era de pega-pega e de esconde-esconde.

Mas quando completei sete anos meu pai comprou uma casa aqui em 

Itaquaquecetuba então nós mudamos, foi muito triste, pois não queria morar aqui, 

mas fazer o que,  quando somos crianças ninguém nos escuta,  mas com o passar do

tempo me acostumei. Aqui eu já podia sair para rua, pois a rua onde morava era sem 

saída, mas para brincar com quem? Se só morava eu e outra menina que acabou se 

tornado uma irmã, pois sou filha única. Continuei a brincar das mesmas coisas: 

casinha, escritório e é claro de escola. Mas nós fomos crescendo e na rua foi 

chegando mais gente, ai foi bom... Nós começamos a sair pra rua e já crescida 

nossas brincadeiras era rouba bandeira, queimada, corda e a que eu mais gostava 

era vôlei. 

Aos meus doze anos tive uma perda muito grande, o meu pai faleceu de câncer nos 

ossos, foi muito triste, pois ele sofreu muito durante um tempo antes de morrer. E 

nesse tempo que ele estava doente não podia brincar muito tinha que ajudar minha 

mãe, fui obrigada a pular certa fase da vida. 

Aos treze anos de idade conheci minhas amigas de adolescência, então a vida se 

tornou interessante novamente, comecei a sair pra balada cedo e me apaixonei pela 

noite de tal maneira que isso passou a fazer parte da minha vida. Saia todo final de 

semana, amava musica eletrônica, foi muito bom essa época. 

Aos 18 me casei, e aos 20 tive meu primeiro filho, então só saia quando dava e a vida 

se encarregou de mudar minha diversão que passou a ser com meu filho, 

brincadeiras com ele, assistir programas na televisão passeios no shopping.

Hoje a minha diversão é estudar, amo muito o que estou fazendo.Essa foi minha 

autobiografia.
Por Maria Damasia Moreira de pinho Rocha.



.